Venda do segundo trimestre do ano foi a segunda melhor da série histórica
O mercado imobiliário de Manaus fechou o segundo semestre com 40% das
unidades vendidas do total comercializado. É o que mostra o Índice de
Velocidade de Vendas (IVV) do Sindicato da Indústria da Construção Civil
do Amazonas (Sinduscon/AM). Foi o segundo melhor resultado da série
histórica para um único trimestre. A cidade ficou acima de capitais como
Rio de Janeiro, com IVV de 18,7%, São Paulo (10,20%) e Belo Horizonte
(23,17%).
Das 4.361 unidades ofertadas de abril a junho, 1.751
foram vendidas. O resultado só foi menor que o último trimestre de 2009,
quando 2.393 imóveis foram comercializados. Segundo o Sinduscon/AM, o
preço médio do metro quadrado em Manaus é R$ 3.978,59 mil, um dos mais
baixos do Brasil. No Rio de Janeiro e em São Paulo, o consumidor
encontra preço médio de R$ 8 mil a R$ 6,5 mil, respectivamente.
Para
o diretor-presidente da Comissão da Indústria Imobiliária do
Sinduscon/AM, Antônio Newton Veras, o alto retorno financeiro dos
investimentos imobiliários é um forte atrativo ao comprador local. O
preço de locação varia de 0,6% a 1% do valor do imóvel. Ainda segundo o
executivo, a evolução das vendas foi também reflexo do Feirão Caixa da
Casa Própria, em maio, com saldo de 4.247 imóveis negociados, 43% a mais
que em 2011.
Perfil dos imóveis vendidos
Os imóveis de 50 a
100 m² foram os mais vendidos no segundo trimestre. Dos 1.993
ofertados, 46,21% ou 921 foram comercializados. O levantamento mostra
que o comprador do Amazonas preferiu apartamentos de três quartos com
IVV de 54,70% e 675 vendas entre as 1.234 unidades ofertadas. Os imóveis
com preço de R$ 100 mil a R$ 200 mil representam 43,69% do total de
vendas. Dos 1.865 ofertados, 765 foram vendidos. Unidades na Ponta
Negra, Adrianópolis e Aleixo foram as mais vendidas, destaque para os
imóveis na planta, representando 56,8% das vendas.
Entraves
O
serviço de recolhimento de resíduos, que passou de R$ 70 para R$ 250
por reservatório, e é realizado apenas pela Central de Energia e
Tratamento de Resíduos da Amazônia (Cetram) é apontado como uma das
dificuldades para a expansão do setor. O cancelamento das inscrições
estaduais das construtoras, em 2009, por decisão judicial, que aumentou o
recolhimento de ICMS de 12% para 17% na compra de insumos de outros
Estados, também é visto como impasse.
Apesar dos entraves, o
município de Iranduba, participando pela primeira vez da pequisa,
registrou venda de 231 imóveis dos 254 ofertados.
Até o final do
ano, o setor, que emprega cerca de 90 mil pessoas, deve abrir 4 mil
novas vagas, segundo estimativa do Sinduscon/AM.
Fonte: D24 AM
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