Adrianópolis, Ponta Negra e Aleixo são áreas mais valorizadas da capital. Transações de imóveis em Manaus somaram R$ 5,9 bilhões em 2012.
Nos últimos cinco anos, o mercado imobiliário de Manaus vem
apresentando crescimento progressivo. Com a ascensão do setor da
construção civil e a disputa de áreas para implantação de novos
empreendimentos residenciais, o valor de mercado de terrenos na capital
se elevou. A variação expressiva fez com que o preço do metro quadrado
em áreas a serem edificadas de Manaus apareça entre os mais caros do
país. Na capital, os especialistas em imóveis estimam que o valor
cobrado pelo metro quadrado está entre R$ 2.500 e R$ 8000 nos bairros mais valorizados.
Atuando há oito anos no ramo imobiliário, o corretor Almir Mendonça,
representante do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Amazonas (Sindimóveis/AM), a pedido do G1 fez um levantamento de mercado que apontou as áreas com o valor do metro quadrado mais caro e o mais barato de Manaus.
Segundo o especialista, atualmente a área de preço mais elevado fica
situada no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul da capital. Há trechos
na região sendo comercializados na faixa de R$ 2 mil a R$ 8000
(preço/m²).
“Os trechos da área comercial da
Avenida Djalma Batista até as proximidades do Shopping Manauara
concentra os valores por metro quadrado mais caros. Seguidos da Ponta
Negra, na Zona Oeste, e do Aleixo, na Zona Centro-Sul”, revelou Almir
Mendonça.
O corretor explicou que, no passado, um terreno todo na Ponta Negra
custava R$ 2 mil. Valorizada no mercado, o metro quadrado da Ponta Negra
agora é comercializado por aproximadamente R$ 8000 reais.
“Após correção do valor venal dos imóveis e dos terrenos pela
Prefeitura de Manaus, que consiste numa avaliação de mercado para servir
de parâmetro na definição do valor do Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), os preços na área aumentaram. Além disso, a procura por
empreendimentos habitacionais na Ponta Negra influenciou a variação nos
preços”, destacou Almir Mendonça.
Na avaliação do corretor, Manaus está
entre as primeiras colocações no ranking das cidades com maior valor por
metro quadrado do Brasil, que tem Rio de Janeiro e São Paulo no topo.
Entretanto, de acordo com o
especialista, é possível encontrar na cidade terrenos sendo vendidos com
metro quadrado entre R$ 20 e R$ 30. Conforme Almir Mendonça, os valores
referem às áreas dos bairros Santa Etelvina e Tarumã, respectivamente
Zonas Norte e Oeste da capital.
Fatores
O desenvolvimento econômico é apontado como um dos principais fatores que influenciam o aumento dos preços dos imóveis e terrenos. “A escolha das áreas pelos empresários para construção de apartamentos, flats de luxo e condomínios é direcionada pelo desenvolvimento e infraestrutura da região. Como o Adrianópolis apresenta forte presença de estabelecimentos comerciais, bancos e espaços de lazer, os valores tendem a se elevar. Já as áreas mais afastadas e com pouco desenvolvimento são desvalorizadas. É o caso de Santa Etevilna e Tarumã”, ressaltou o corretor.
O desenvolvimento econômico é apontado como um dos principais fatores que influenciam o aumento dos preços dos imóveis e terrenos. “A escolha das áreas pelos empresários para construção de apartamentos, flats de luxo e condomínios é direcionada pelo desenvolvimento e infraestrutura da região. Como o Adrianópolis apresenta forte presença de estabelecimentos comerciais, bancos e espaços de lazer, os valores tendem a se elevar. Já as áreas mais afastadas e com pouco desenvolvimento são desvalorizadas. É o caso de Santa Etevilna e Tarumã”, ressaltou o corretor.
Mendonça atribui ainda a média elevada dos preços dos imóveis na
capital pela escolha de Manaus como cidade-sede da Copa do Mundo de
2014. “O mundial também impulsionou o mercado imobiliário da cidade,
inclusive com a vinda de investidores externos”, disse.
No ano passado, R$ 5,9 bilhões foram
movimentados em Manaus apenas com as transações de bens imóveis. O atual
mercado imobiliário promissor é avaliado pelos especialistas como ponto
máximo alcançado. Para Almir Mendonça, a tendência para os próximos
anos é que o segmento varie entre estável a fase negativa.
“O setor imobiliário já atingiu o ponto máximo e a perspectiva que nos
anos que virão seja uma fase de queda. Porém, as áreas com menor valor
por metro quadrado hoje poderão ser mais valorizadas no prazo de três
anos”, analisou o corretor de imóveis Almir Mendonça.
Fonte: G1Globo